Business Case e Challenge Lab: você sabe como utilizar em processos seletivos?

Os processos seletivos são, cada vez mais, tecnológicos, dinâmicos e inovadores – especialmente para programas de estágio e trainee. Afinal, hoje, o objetivo é identificar talentos com grande potencial de performance e criatividade. Para isso, o RH passou, junto à gestão, a investir nas estratégias de Business Case e Challenge Lab.

Essas duas metodologias propõem desafios que tornam o recrutamento e seleção mais interativo, permitindo que as pessoas mostrem suas competências na prática. A empresa, por sua vez, consegue observar como seria o desempenho de cada candidato no dia a dia do negócio.
Por essa razão, apostar nessas etapas de avaliação pode trazer vários benefícios para a sua companhia! Continue a leitura e entenda o que é Business Case e Challenge Lab e como utilizar em processos seletivos. Vamos lá?

O Business Case é uma estratégia muito utilizada em processos seletivos para jovens talentos, com destaque para os programas de trainee. Nessa etapa, os candidatos devem realizar uma atividade individual ou em grupo, que será acompanhada pela gestão.
Também conhecido como Painel de Negócios, ou Análise de Viabilidade, esse método tem como objetivo avaliar habilidades técnicas e comportamentais dos profissionais. Para isso, valoriza principalmente a agilidade de aprendizagem, o raciocínio lógico e a capacidade de realizar conexões e solucionar problemas.

Assim, cada pessoa tem a oportunidade de demonstrar suas potencialidades, independente dos conhecimentos específicos em determinada área. Além disso, é uma fase mais complexa da seleção, em que apenas candidatos com o perfil ideal participam.
Tudo isso faz com que sua aplicação seja ainda mais estratégica para que RH e lideranças encontrem o talento ideal para determinada posição. E, no geral, um Business Case deve apresentar:

Nome e descrição do projeto;
Premissas e riscos;
Modelo financeiro e estimativas de custo;
Alinhamento com o negócio, objetivos e benefícios;
Necessidade, viabilidade e urgência;

Consequências da não realização do projeto.
Por sua vez, o Challenge Lab é um modelo pedagógico baseado na realização de projetos em um ambiente supervisionado. Em processos seletivos, tem como objetivo avaliar o desempenho dos candidatos, ao passo em que contribui para seu desenvolvimento.
Os projetos realizados no Challenge Lab costumam ter uma situação problema, ou um desafio, a ser solucionado por meio da criação de um novo processo, produto ou serviço. Para tal, o grupo avaliado deve apresentar a ideia, seus objetivos, os resultados esperados e como tudo acontecerá na prática.

Por ser uma fase mais desafiadora, em que os jovens talentos devem construir uma solução completa e inovadora, costuma ser uma das últimas etapas do recrutamento e seleção. Dessa forma, é acompanhado por gestores e pode ter um tempo de duração maior.
Quais os benefícios de investir nessas estratégias para seleção de estagiários e trainees?
Estagiários e trainees são jovens profissionais em formação que precisam encontrar nas organizações um ambiente favorável ao seu processo de desenvolvimento. Por outro lado, como um retorno ao investimento feito em seu aprendizado, devem contribuir para o sucesso do negócio — ainda que de maneiras distintas.

Por essa razão, contratações certeiras, que levam em conta o fit cultural, as expectativas de carreira e o perfil comportamental podem trazer ótimos resultados no futuro. E é aí que entram o Business Case e o Challenge Lab como etapas do recrutamento e seleção!
Ao apostar nessas metodologias, sua empresa será capaz de conhecer mais profundamente seus candidatos e entender como será sua atuação caso selecionado. Isso trará diversas vantagens para o negócio, como:

Mais assertividade na seleção de talentos com grande potencial de performance;
Bom engajamento e produtividade no trabalho;
Boas relações entre pares, que possivelmente atuarão juntos nos desafios;
Entregas inovadoras e eficientes;
Maior retenção de talentos.

Como utilizar Business Case e Challenge Lab em processos seletivos?
Agora que você já sabe o que são e como funcionam o Business Case e o Challenge Lab, vamos explicar como utilizar esses métodos nos processos seletivos da sua empresa!

1. Defina os objetivos e a abordagem do projeto
O primeiro passo é entender o objetivo do programa para jovens talentos. Normalmente, essas estratégias são mais aplicadas na seleção de trainees, visto o foco mais gerencial das posições e a complexidade das vagas.

Ao alinhar necessidades e expectativas, seu RH será capaz de planejar todas as etapas do processo seletivo, incluindo o Painel de Negócios e o Challenge Lab.
Dessa forma, poderá definir a melhor abordagem para os desafios, qual setor será contemplado e a configuração do projeto. Aqui, vale avaliar se será uma dinâmica em grupo ou individual, estabelecer prazos e critérios de avaliação.

2. Estabeleça o momento ideal para realizar essas avaliações
Em seguida, veja em qual etapa do processo essas metodologias podem oferecer melhores resultados – será logo no início? Antes da entrevista com gestores? Bom, isso vai depender da estrutura geral definida pelo seu RH.
É comum que o Business Case seja utilizado perto da metade do processo seletivo, como uma fase mais dinâmica e voltada para as soft skills dos talentos. Já o Challenge Lab pode vir mais ao final da seleção, sendo uma das últimas etapas (ou a penúltima).

3. Acompanhe os talentos durante as atividades
Os candidatos que chegam até essas fases do processo seletivo, certamente, têm o perfil desejado pela empresa, então é preciso entender quais deles tendem ao melhor desempenho. Por isso, é importante acompanhar de perto as atividades e entregas, avaliando postura, raciocínio e visão sistêmica.

Para garantir o sucesso dessas dinâmicas, garanta que todos os indivíduos compreendam as demandas e não tenham dúvidas sobre as expectativas quanto a entrega. Além disso, tenha um canal de contato acessível e seguro para seus candidatos.

Já durante a execução das atividades, tenha pessoas responsáveis por orientar e supervisionar cada pessoa ou grupo, oferecendo o suporte necessário. Isso será interessante até mesmo para definir os aprovados para a próxima etapa de avaliação.